A Política e as Mulheres
Quando confrontado com a escolha de um tema para a esta crónica semanal, este assunto surgiu-me naturalmente. “A política e as mulheres” na opinião de um rapaz. Algo impensável há décadas atrás e uma clara consequência da mudança dos tempos.
Há muito que um longo caminho tem vindo a ser percorrido nas nossas sociedades democráticas, em particular a partir do início do século XX, no sentido do reconhecimento dos direitos políticos das mulheres, desde o direito ao voto até ao exercício de cargos públicos elegíveis.
Esta é uma temática intemporal e muitos são os países nos quais a lei não permite a participação política das mulheres, dado que são vistas como um ser menor, com tarefas viradas para dentro das suas quatro paredes, e muito pouco (ou nada) para o mundo, para a sociedade, para uma vida que elas, por vezes, nem sequer conhecem.
Em Portugal, diga-se, foram precisos muitos anos para que a mulher conquistasse essa igualdade. Mas, desde 25 de Abril de 1974 são vistas de forma igual, como cidadãos activos, participativos e úteis à discussão política, podendo ocupar cargos político-administrativos. Na verdade, a revolução dos cravos ofereceu à mulher o estatuto que ela desde sempre deveria ter ocupado.
Angela Merkel, Indira Ghandi, Margaret Thatcher, Edith Cresson ou Kim Campbell são apenas alguns de exemplos de mulheres que marcaram ou marcam de forma determinante a vida política das suas nações, mostrando que as mulheres não só podem votar ou participar, como ocupar cargos máximos dentro dos seus países.
O concelho de Vila Franca de Xira é um exemplo vivo e concreto de que as mulheres, particularmente as do Partido Socialista, são capazes de assegurar uma excelente qualidade de vida para a população.
Maria da Luz Rosinha é o exemplo mais claro disso mesmo, assumindo desde há doze anos a presidência da Câmara Municipal do nosso Concelho. É um modelo de coragem, determinação, conhecimento e atitude para todos os cidadãos do seu concelho.
Não posso também deixar de referir a Freguesia do Sobralinho como um protótipo de Freguesia ideal no que toca aos conceitos de paridade que tanto se apregoam.
Ana Sofia Pires assume há 8 anos o lugar de Presidente da Assembleia de Freguesia, mostrando que as mulheres do Sobralinho constituem e podem continuar a constituir o futuro da nossa vila.
A lista do PS Sobralinho para as eleições autárquicas desde ano, encabeçada por José Manuel Peixeiro, é um caso exemplar, mostrando que no Sobralinho, no que toca à lista socialista, a lei não é necessária. São nove homens e nove mulheres, um caso de perfeita paridade difícil de encontrar em outras Freguesias deste país.
Este último exemplo ilustra na perfeição a mensagem desta crónica: As sociedades avançam! O Sobralinho e o PS acompanham esse avanço!
Saudações Socialistas,
José Miguel Morgado